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7 Passos para o sucesso de uma cooperativa de crédito



Apresento os sete pontos que considero fundamentais para o sucesso e desenvolvimento sustentável de uma cooperativa financeira na atualidade. Artigo de Marcelo Correa Medeiros, inspetor do Sicoob Central SC/RS.

O Cooperativismo Financeiro apresenta hoje um ritmo acelerado de crescimento e expansão no Brasil. Já são mais de 9 milhões de associados, possui presença em todas as unidades da federação e vem conquistando posição de destaque entre os maiores conglomerados financeiros do país.

E para assegurar que esse crescimento ocorra de forma sustentável, é necessário investir cada vez mais na profissionalização em todos os níveis, criando uma cultura de gestão da mudança, de aprendizado constante e de melhoria contínua.

Dentro desse contexto, apresento a seguir os 7 fatores que considero fundamentais para o sucesso de uma cooperativa financeira:

1. Governança cooperativa

segregação (separação) das atividades técnicas, das atividades políticas (estratégicas); evitando a ingerência entre as áreas e estimulando a profissionalização da gestão. Logicamente com o devido e saudável monitoramento do Conselho de Administração sobre a Diretoria Executiva, mas com uma relação cada vez mais técnica e profissional entre as alçadas decisórias. Criar mecanismos para assegurar que os associados possam realmente exercer o “governo” da sua cooperativa.

2. Formação de lideranças e plano de sucessão

Valorizar sempre a experiência e a relevante contribuição dos pioneiros e fundadores das cooperativas, e ao mesmo tempo, investir de forma contínua na formação de novas lideranças. Implantar um efetivo plano ou política de sucessão, conforme previsto inclusive em recentes normativos do CMN/BCB. Formar e educar as pessoas, em todos os níveis nas nossas instituições cooperativas.

3. Educação cooperativista e participação dos associados

Investir no resgate dos valores e princípios cooperativistas, com programas de formação para os associados, colaboradores e para as comunidades onde as cooperativas estão inseridas. Incentivar a participação dos associados nas assembleias gerais, pré-assembleias, reuniões de delegados, de núcleos, entre outras formas de organização e desenvolvimento do quadro social. Implantar estratégias de marketing no sentido de atrair e conquistar o público jovem para o cooperativismo financeiro, pensando na continuidade do empreendimento cooperativo, para as futuras gerações.

4. União e intercooperação

Estreitar o diálogo e intercooperação entre as cooperativas em todos os níveis, considerando singulares, centrais, confederações, e até mesmo entre os sistemas de cooperativas de crédito. Foco no fortalecimento e ganhos em escala, tornando as instituições mais competitivas no mercado e também para assegurar a sua continuidade e crescimento sustentável.

5. Fiscalização, supervisão, auditoria e compliance (conformidade)

Fortalecimento das atividades de compliance, auditoria, gestão de riscos e controles internos. Implantação de uma “cultura de controle” nas cooperativas, através de um trabalho e mentalidade preventiva, adotando assim, ações “proativas” em vez de ações “reativas”. Fortalecimento da atuação do Conselho Fiscal, como um agente fundamental na promoção da governança cooperativa.

6. Singulares como unidades de negócios e relacionamento

Cada vez mais, as chamadas Cooperativas Singulares (ou de primeiro grau), devem ser unidades de negócios, com sua força de trabalho, metas e energia voltada para o relacionamento com os associados.

7. Novas tecnologias da informação e comunicação

As cooperativas financeiras devem estar atentas ao que muitos economistas e estudiosos do assunto chamam de “quarta revolução industrial” ou “indústria 4.0″, que irá revolucionar e transformar profundamente os nossos tradicionais e atuais modelos de negócios. A cada dia surgem novas e melhores tecnologias da informação e comunicação em todas as áreas da atividade humana. Já temos inclusive “bancos digitais” em atividade no Brasil, além das chamadas fintechs – startups que oferecem serviços que antes eram restritos às grandes corporações, como empréstimos, cartões de crédito e investimentos. Devemos pensar continuamente em estratégias nessa área, dentro de um mercado cada vez mais hostil e competitivo.

Fonte: Administradores

Por Luciele Sobrinho

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